Cada vez mais nas publicações de turismo e blogs gringos se fala em social tourism – o turismo social ou “turismo do bem”, como costumamos definir por aqui. São cada vez mais variados os braços dessa tendência internacional, baseada nos fundamentos pregados pela OITS (Organização Internacional pelo Turismo Social, ISTO em inglês) de promover o acesso aos benefícios do turismo para todos, especialmente setores marginalizados da sociedade, estimulando equidade social e exercício de cidadania (usando algumas das palavras e termos da própria OITS). Devagarzinho, vemos de tudo aqui no Brasil também. Começou com iniciativas como a do SESC, que até hoje subsidia alguns pacotes turísticos para que seus associados possam desfrutar de viagens a colônias de férias, hotéis ou tours de um dia a preços mais baixos.
As iniciativas mais reportadas são aquelas em que turistas decidem agregar algum retorno à sociedade através de seus planos de viagem. Operadoras de intercâmbios e agências especializadas estrangeiras entenderam o filão e lançaram a ideia de levar viajantes a lugares remotos do planeta para fazer trabalho social (o chamado volunturismo), praticando atividades que vão de trabalhar com ensino infantil na Índia a lutar contra os avanços da Aids em Moçambique, por exemplo. Mas vale lembrar que são experiências custosas: pacotes de duas semanas nessa linha do volunturismo vendidos no Brasil geralmente têm preços que começam em US$1.500, sem passagem aérea. O Ministério do Turismo brasileiro (MTur) também reforçou recentemente seus projetos nesse sentido de estimular o turismo social para beneficiar setores mais pobres da nossa sociedade com a movimentação turística nacional. E essas ideias andam dando novos braços ao turismo social no Brasil: no final do ano passado, por exemplo, a mexicana Yucatán Holidays chegou ao país dentro do projeto Você vai Viajar.com.br que vende pacotes para Cancun e Riviera Maia (com possibilidade de extensão para Miami, Orlando e Bahamas) com parte do valor final da venda revertida para o Instituto Ayrton Senna. A empresa (que faturou 10 milhões de dólares em 2012 com a venda de pacotes turísticos) diz que a meta inicial é de vender 200 pacotes por mês no Brasil com benefícios para o Instituto. Beneficiar a comunidade local quando viajamos a outra região ou país é reflexo básico frequente de nossas atividades turísticas. Colaborar com o desenvolvimento social como um todo do nosso próprio país, inclusive quando viajamos para outros destinos, parece ainda mais sedutor. Você conhece práticas bacanas e bem sucedidas de turismo social ou “do bem” para colocar aqui na roda?quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
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